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Caminhando para beber em Amsterdam

A caminhada continuou, depois da visita ao museu. Não tivemos sorte por duas vezes: tínhamos o endereço de duas cervejarias relativamente perto uma da outra e fomos tentar visitá-las. Mas, infelizmente, os endereços que havíamos pegado na Internet não existiam e a gente ficou rodando que nem peru. E tava frio, hein? Mas deu pra tirar algumas fotos legais:

Aí, depois de nos perdermos e nos encontrarmos, paramos no Febo pra fazer um lanchinho (o que é imperdível, diga-se de passagem! É uma lanchonete em que você coloca a moedinha em pequenas vitrininhas, que têm croquetes de vários sabores. Tudo MUITO BOM! Não deixe de experimentar e repetir o quanto puder! Depois, dá saudade… Devia ter isso no Brasil!) e continuamos a caminhada. Agora, por um bairro mais moderno de Amsterdam, com construções bem diferentes do que se vê no centro:

E, até que enfim, conseguimos chegar a um lugar para aplacar a nossa sede:


Agora, vamos ao que interessa: beber as cervejas da cervejaria! É um brewpub e o nome Brouwerij’t IJ é impronunciável para míseros mortais como nós — a barwoman repetiu N vezes e a gente tinha certeza que estava falando exatamente como ela. Mas a cada vez que dizíamos o nome, ela dizia “no” e pronunciava novamente. Achamos melhor ficar em silêncio e fazer o que fazemos de melhor: beber a cerveja artesanal da cidade de Amsterdam.

As cervejas (com nomes tão difíceis quanto da própria cervejaria):

– PLZEÑ: 5% ABV, pilsen. De cor dourada pálida, um pouco turva e espuma fina e persistente. Uma cerveja lupulada, mais floral. Também tem uma leve acidez do fermento. Amarguinha – bem feita (uma das únicas claras artesanais que realmente gostamos).

– IJWIT: 7% ABV, witbier. Cor bem dourada, com espuma fina e persistente (engraçado não ser pálida como se espera de uma wit…). Adocicada e ácida. Lembra mais uma double wit (que vai mais malte). Não tem laranja ou coentro no aroma e no paladar, ingredientes característicos das witbiers.

– ZATTE: 8% ABV, tripel. Cor dourada, mais turva, com espuma fina e persistente, que gruda no copo. Aromática, com menos corpo do que o esperado mas não é doce. Mais ácida do que o covencional (provavelmente por causa do fermento). Mais “spicy”.

A impressão que tivemos depois de já termos tomado esses três tipos da cervejaria, é de que ela provavelmente usa o mesmo fermento para todas. Um fermento bem mais ácido, que lembra o da cervejaria Schmitt, de POA.

– COLUMBUS: 9% ABV, amber strong ale. De cor dourado escuro, mais turva, com espuma fina e persistente, que fica no copo. Dulçor do malte. Suave, mesmo com a graduação alta. Bem maltada.

– NATTE: 6,5% ABV, brown. Marrom turva, com espuma fina e persistente. Doce, aroma mais azedinho (diz-se que é feita pra lembrar as cervejas trapistas). Ácida (fermento), bastante ferrosa.

– IJOBOK: 6,5% ABV, bock (sazonal). Marrom avermelhada, com espuma de cor creme e fina. Gosto de ferro bem evidente, amargo de malte – lembra o amargor de uma dry stout. Palavras de Gustavo: “Parece que estou mastigando uma colher.”

Nossas conclusões: todas as cervejas têm praticamente a mesma espuma e o sabor ácido e ferroso bem forte. Acreditamos que seja por causa do fermento usado. Parece que as cervejas mais leves (desta leva que tomamos) combinam mais com o fermento da cervejaria (menos corpo, mais ácida. Ferro não tão evidente).

Valeu pela experiência mas, as cervejas deixaram a desejar. Clique aqui para ler sobre cada uma delas e todas as outras que não tomamos.

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