Bebelança em Amsterdam

Na casa da Carol, dia 02.01. Fizemos mais do que a festa! Praticamente nos embebedamos e bebemoramos a boa vida que temos!

Vamos às cervejas:

– Slaghmuylder’s Kerstbier, ou seja, cerveja de natal da cervejaria belga Slaghmuylder (mais conhecida pelas suas Witkaps!). Com 5,2% ABV, de cor dourada pálida e espuma ínfima, a cerveja é suave. Uma blond leve com leve final amargo. Suave aroma de malte e leve cítrico de lúpulo (laranja). Com uma leve acidez de alguma especiaria, que não conseguimos identificar. A cerveja tem selo de origem belga, dando valor ao regional e à tradição. Uma delícia de cerveja e com muito valor! ;) (€ 1,70, gfa de 330ml, no Cracked Kettle)

– Anchor Merry Christmas & Happy New Year 2010. Special Ale para o Natal, feita pela cervejaria americana Anchor entre novembro e janeiro de cada an0 — e a cada ano, é uma receita diferente. Com 5,5% ABV, vermelha-caramelo, com um creme que se prende ao copo, a cerveja tem aroma amadeirado (pinus, eucalipto) e de figo. Com bastante açúcar, é deliciosa! Sente-se o calor do álcool. Lembra frutas secas escuras. Bastante aveludada e aparenta ter mais álcool do que verdadeiramente tem. Uma descoberta e tanto! Muito, muito boa!

– Anchor Porter. Com 5,6% ABV, esta porter é preta, com uma espuma de cor creme, persistente e fina. Por ser uma porter, consideramos bem refrescante. Aroma de banana (?). Com final seco e malte evidente mas o torrado é bem leve. Diferente.

– Mikkeller Yeast Series: Lager. Com 8% ABV, de cor laranja cristalina e espuma de bolhas grandes e persistentes, essa dinamarquesa nem parece uma lager, por ser tão forte. Muito lupulada. Mas muito mesmo: tanto no aroma quanto no paladar! Com um lúpulo bastante floral mas que esconde qualquer outra coisa que a cerveja tenha a oferecer. Extrema demais.

– Cannabia: essa cerveja é pra pegar turista que acredita que Amsterdam se resume a maconha. HO-RRO-RO-SA!!! Lager, com 5% ABV, dourada pálida, sem espuma. Ao beber, não tem gosto de nada mas, deixa um retrogosto horrível na boca — um amargor pior que chá de boldo, carqueja… Enfim, pega-trouxa. A gente sabia, mas queria ter certeza. Não faça nunca essa besteira! Jogamos fora. Ah! E não dá barato, porque não tem os princípios ativos da maconha, ok!?

Aí, melhoramos, e muito, nosso paladar:

– Westvleteren Blond. Blond, dourada pálida, com espuma fina e persistente e 5,8% ABV. Essa é dos deuses! Especiarias: cítrica, mais pesada do que a que tínhamos tomado no Brasil, ano passado. Tem resíduos. É uma cerveja “quente” — você sente o álcool descendo na garganta. Aromática, floral, com uma carbonatação um pouco maior que de uma cerveja comum. Ai que gosto bom que fica na boca…

E então, resolvemos que era hora de dar trégua ao nosso fígado e nos prepararmos para o dia seguinte. Posso garantir: ainda tem muito mais! ;)